Os Leirienses, o Castelo e as Lendas

Se passear por Leiria, podemos garantir que qualquer leiriense conhece os 3 segredos da cidade: a Rua Direita é torta, os sinos não estão na Sé e o rio corre ao contrário. É, ainda, conhecida por ser uma cidade com qualidade de vida garantida, muita oferta cultural e a cidade das igrejas. Estes são alguns dos motivos que orgulham os seus 128 640 habitantes (dados censos 2021). 

O distrito de Leiria está localizado no centro litoral de Portugal, com uma área territorial de cerca de 565 km2. É banhado pelo oceano Atlântico, o que lhe confere uma enorme quantidade de praias e, na cidade existem dois rios “enamorados”, o Lis e o Lena. 

Reza a lenda, que o rio Lis e o seu afluente rio Lena, se perderam de amores e que, um dia, à saída da cidade, onde os dois se juntam, celebraram casamento para unirem o seu amor… num só rio.

Para eternizar este amor, da mais conhecida e popular lenda da cidade, Leiria inaugurou, a 22 de Maio de 1973, a sua Fonte Luminosa.

Lenda do Rio Lis e Lena

Sabia que Leiria fica a 1h e meia de Lisboa e a 2 horas do Porto? Este é um dos motivos pelos quais Leiria é, cada vez mais, um ponto turístico famoso de Portugal. Nesta cidade pode fugir à confusão das áreas metropolitanas, mas também encontrar uma cidade em pleno crescimento.

O Castelo de Leiria é um dos monumentos mais importantes da cidade e foi mandado construir em 1135, pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, para fins militares, assegurando o território conquistado aos mouros.

Quase 200 anos mais tarde, em Julho de 1300, foi transformado num palácio real. O rei D. Dinis mandou construir este palácio para a sua mulher, a rainha Santa Isabel e o príncipe herdeiro morarem.

Este casal foi quem mais tempo ocupou o Castelo de Leiria, protagonizando uma das mais famosas lendas de Portugal, o Milagre das Rosas. 

O Milagre das Rosas 

Esta lenda data o reinado do Rei D. Dinis. A sua mulher, Rainha Isabel de Aragão, era muito generosa e costumava sair à rua para distribuir pão e esmola aos pobres. 

Certo dia, D. Dinis descobriu e não ficou contente, já que tais despesas tinham implicações para o tesouro real, decidindo então surpreender a Rainha numa das suas caminhadas habituais para distribuir esmolas e pão. 

Quando a encontrou, perguntou-lhe se estava a dar comida aos pobres, ao que ela respondeu “São rosas, meu senhor”. Desconfiado, o Rei acusou-a de estar a mentir, uma vez que não era possível haver rosas em janeiro. Obrigou-a, então, a revelar o que levava escondido.

A Rainha Isabel mostrou, perante os olhos espantados de todos, as belíssimas rosas que guardava no regaço. Por milagre, o pão que levava escondido tinha-se transformado em rosas. O Rei ficou sem palavras e acabou por pedir perdão à rainha. 

A notícia do milagre correu a cidade de Leiria e o povo proclamou-a Santa. Ainda hoje é conhecida como a Rainha Santa Isabel de Portugal.

Mais tarde, devido às ocupações francesas, tanto o castelo como a cidade em geral ficaram devastados. O arquiteto suiço, Ernesto Korrodi, figura incontornável da cidade, foi o grande responsável pela sua reconstrução. Por fim, em 2021, a recuperação do castelo foi concluída, aumentando a acessibilidade com a instalação de dois elevadores mecânicos de utilização gratuita e com uma vista fantástica para a cidade. 

A cidade dos corvos e o seu feriado municipal

Leiria é elevada a cidade a 13 junho de 1545, ano em que se construiu a Sé e se demoliu a Igreja de S. Martinho, onde hoje se localiza a tão emblemática Praça Rodrigues Lobo.

Reza a lenda que numa batalha contra os castelhanos, onde os soldados portugueses estavam em desvantagem, apareceu um corvo preto que pousou por cima dos soldados, batendo imenso as asas. Então, esta situação serviu como presságio para os soldados, que se encheram de coragem acabando por sair vitoriosos.

Lenda dos Corvos

Com efeito desta lenda, o brasão da cidade, tem hoje inscritos dois corvos pretos em sua memória.

O feriado municipal de Leiria é celebrado a 22 de maio, dia em que foi criada a sua diocese, 1545.

Porque é que a sede da MD3 é na cidade de Leiria?

Philippe Mendes, CEO da MD3, é  luso-francês e tem família na zona de Leiria. É também o diretor do grupo francês Mediatree, que detém a MD3. Em 2012, escolheu, por isso, a cidade de Leiria para ser a casa da MD3. 

Contudo, esta decisão, acabou por se revelar bastante vantajosa ao longo do tempo, pela localização central e pela forte cultura empreendedora da região. 

Hoje em dia, por funcionar com o sistema de trabalho híbrido, a MD3 tem trabalhadores de diversas zonas do país. 

Mas afinal Leiria existe?

Nos últimos anos, a cidade ficou conhecida por uma piada feita em diversos países, onde há sempre uma cidade que “não existe”, por exemplo na Alemanha é Bielefeld e em Portugal a cidade escolhida foi Leiria.

Tudo se intensificou com o lançamento de um novo mapa ibérico para o jogo Euro Truck Simulator 2, onde os jogadores ao utilizarem a A1 Lisboa-Porto nunca encontravam uma saída para Leiria, pois esta não existia no mapa.

A piada ganhou um alcance tão grande nas redes sociais que se tornou comum ouvir que Leiria não existe, até mesmo entre os leirienses.

Leiria e o Marketing

Como resultado da popularidade da não existência, o Município de Leiria explorou este conceito para fazer um marketing incrível de turismo na cidade.

A campanha “Cidade que não existe” foi criada pelo Município, que a levou à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) com o objetivo de tornar a cidade um dos pontos turísticos mais procurados na BTL. 

Desta forma, está a apostar na divulgação e promoção não só dos eventos como também da gastronomia e arte desta região.

Tal como o Município de Leiria utilizou esta ideia disruptiva na promoção do turismo da cidade, na MD3 estamos ansiosos por criar novos conteúdos igualmente criativos para a sua marca!

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